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quinta-feira, 16 de março de 2017

Como estamos aprendendo inglês sozinhas (ou quase isso!)

O título da postagem pode parecer meio confuso, mas a gente já explica. Começamos a aprender inglês na faculdade, não por termos tido aulas iguais aos dos cursos de idiomas, já que esse não é o foco da graduação em Letras, mas por termos nos esforçado muito depois de termos pegado DP (dependência, ou seja, repetimos uma disciplina) no primeiro semestre. Assim sendo, tivemos ajuda de nossos professores que nos corrigiram, indicaram livros e métodos de estudos, mas também aprendemos muitas coisas sozinhas, embora seja importante frisar que não somos fluentes (ainda) no idioma.

Acreditamos que nossas experiências possam ajudar àqueles que desejam aprender a língua do zero ou melhorar o conteúdo que já veem nas aulas. Vamos lá!

I - O motivo

Para aprender qualquer idioma, é preciso ter um motivo. Por que você quer aprender? No nosso caso, como dissemos acima, foi por conta da faculdade. Isso no começo, porque depois arrumamos razões particulares para continuarmos estudando.

A motivação é a ferramenta mais importante, pois sem ela as pessoas desistem de enfrentar qualquer dificuldade linguística que surja. Além disso, se você sabe o porque de estar aprendendo, saberá por onde seguir enquanto estuda.

Essa é a pergunta principal, se você não consegue responder a isso, pare, pense e depois continue a estudar inglês (ou o idioma que você escolheu).

II – As quatro competências

a) Listening (ouvir)

Quando uma criança começa aprender sua língua materna, ela fica exposta ao idioma por um bom tempo antes de sair por aí falando. Com você ocorrerá o mesmo processo. Exponha-se ao inglês. Mas como? Vejamos algumas opções:

- Músicas: Parece clichê, mas escutar músicas e ler as letras ajuda (e muito) quem está aprendendo outro idioma. Você aprenderá não só palavras novas, mas também a pronúncia delas. Para as ler as canções (somente em inglês) indico o site AZLyrics, pois não encontramos erros em grafia de palavras ou nas letras, coisa que ocorre com outros sites, principalmente brasileiros.

- Podcasts: Podcasts, para quem não sabe, são episódios de programas em que as pessoas só escutam as vozes daqueles que estão gravando. É uma excelente ferramenta para treinar o listening, uma vez que a maior parte deles não tem a transcrição, ou seja, você precisará se esforçar muito para conseguir compreender o que os nativos estão falando, mas vale muito a pena, pois isso melhora muito rapidamente a tua capacidade de compreensão auditiva da língua. Alguns podcasts indicados são: Luke’s English Podcast (inglês britânico – nível intermediário); Mugglecast (inglês americano - para fãs de Harry Potter – nível intermediário/avançado); Culips (inglês americano – nível básico/intermediário); Rebel Force Radio (inglês americano – para fãs de Star Wars – nível intermediário/avançado); Aprendeingles con la mansión del ingles – Learn English free (inglês britânico/espanhol – nível intermediário/avançado); Espresso English (inglês americano – nível básico/intermediário/avançado).

- Séries: Os seriados são ótimos para quem deseja aprender inglês. Eles ajudam não só com o desenvolvimento da competência linguística, mas também com as questões culturais. Vejamos alguns seriados que podem ajudar com o inglês: “FRIENDS”, “How I met your mother”, “Doctor Who” e “Desperate Housewives” para o nível básico, pois apresentam vocabulário do cotidiano; “How to get away with murder”, “House” e “Grey’s Anatomy” para o nível intermediário, pois exigem um pouco mais de conhecimento de mundo (tem vocabulário de medicina e de direito, mas não desistam de ver por isso!); “Downton Abbey”, “The Crown” e “Sherlock” para o nível avançado, pois apresentam um vocabulário antigo, no caso do primeiro e do segundo seriados, e mais complexo e rápido no caso do terceiro.

Vocês ainda podem utilizar desenhos e filmes para treinarem o inglês, mas como a lista ficaria gigante, recomendamos que se escolha um tema com o qual tenha afinidade para que a experiência fique melhor. Indicamos as séries por falarem de temas diversificados em cada episódio, mesmo que o tema geral seja sempre o mesmo. Ah, sobre as legendas e como utilizá-las falaremos mais abaixo.

b) Reading (ler)

Ler, além de ampliar vocabulário, ajuda no aprendizado da grafia das palavras e também na compreensão das estruturas gramaticais. Esses são os livros que lemos e recomendamos: “The Boy in the Striped Pajamas” (“O menino do pijama listrado”) e “The Little Prince” (“O pequeno príncipe”) para o nível básico; “Big Nate” para o nível básico/intermediário; “Perspepolis” (“Persépolis”) e “Eleanor & Park” para o nível intermediário; “Harry Potter” e “The Chronicles of Narnia” (“As crônicas de Nárnia”) e, para os fãs de Star Wars, “The Princess Diarist” (“Memórias da princesa”), todos para o nível intermediário/avançado.

Outras duas dicas são: ler os graded readers. O que são esses livros? São obras com a indicação de nível, uma das editoras mais famosas nessa área é a Penguin Books. Você lê clássicos que estão simplificados de acordo com a sua capacidade (básica, intermediária ou avançada). E também praticar shadow reading, isso significa ler e ouvir a história ao mesmo tempo, o que pode te ajudar ainda mais. Na internet há algumas obras disponíveis, sempre procure assim: o nome do livro que você deseja em inglês + audiobook.

c) Writing (escrever)

Os dois últimos tópicos exigem muito mais atenção do que os dois primeiros. Por quê? Porque ouvir e ler são ações passivas, você não precisa de ninguém para te corrigir, é só prestar a atenção e treinar muito. Em contrapartida, escrever e falar demandam um esforço maior do aluno, no sentido de serem habilidades que precisam ser acompanhadas. Mas e se você não tem um professor particular? Bem, a opção mais fácil e barata, para o caso da escrita, vai ser ler muito, pois assim você aprenderá inconscientemente as estruturas gramaticais e a grafia das palavras.

Como podemos treinar o writing? Se tiver alguém que possa corrigir, ótimo, porque você saberá em quais pontos está acertando ou errando, então sugerimos que mantenha um diário (journal) ou escreva em folhas soltas textos sobre temas que você gosta. Caso não tenha um tutor, a ideia é que você tente começar com frases curtas, depois vá passando para parágrafos maiores até chegar a textos completos, mas tem que ser etapa por etapa mesmo, porque assim, conforme você for evoluindo no aprendizado da língua, conseguirá identificar o que pode ou não estar correto.

d) Speaking (falar)

E chegamos na habilidade que dá mais problemas. Sim, o speaking dá trabalho, mas não é um bicho de sete cabeças. A maior parte dos jovens e adultos tem vergonha de falar em inglês por um simples motivo: o erro. Errar enquanto se aprende é normal e saudável, você só precisa se esforçar para não repetir tanto os mesmos erros o tempo todo, mas isso leva tempo e exige uma dedicação grande.  

O speaking na escola de idiomas: aproveite TODAS as aulas em que a habilidade da fala seja exigida de você. Erre, pergunte ao professor, perca a vergonha de falar com os outros e tenha calma enquanto conversa, porque você não precisa abrir a boca e demonstrar fluência logo no início do curso. Isso vem com o tempo e com muito estudo. Se puder fazer só aulas de conversação, faça, pois elas te ajudarão a se acostumar mais rapidamente com o inglês falado.

O speaking sem professor: fale sozinho, pois isso te dará uma noção de como você pronuncia as palavras e o ritmo de sua fala, você também pode se gravar falando e ouvir depois para ver como anda seu speaking; abuse mais ainda do listening, pois isso te dará uma noção muito maior de como dizer e utilizar as palavras, os ditados, os phrasal verbs e tudo o que estiver relacionado à fala; e aproveite quando tiver alguém com quem praticar, pode ser um amigo, um familiar ou um estrangeiro pedindo informação, não tenha vergonha e fale.

III - Outros pontos

- A Tradução

A tradução é muito condenada por diversas pessoas. Em nosso caso, aprendemos inglês em inglês, porque nossos professores só davam aulas no idioma e nossos livros de estudos eram estrangeiros. Assim, nossa experiência com a tradução não é muito grande, mas podemos dizer que em determinados casos, principalmente no início, ela pode ser utilizada. Porém, não recomendamos que você traduza tudo o tempo todo, só faça isso quando realmente não tiver outra saída. Em vez de traduzir, você pode tentar procurar por imagens de palavras (no caso de itens) ou tentar associar o que está sendo dito pelo contexto.

- As Legendas

Legendas já são um ótimo começo para quem está aprendendo inglês e deseja parar de ver filmes, seriados e desenhos dublados. Primeiro, você utiliza as legendas em português, quando já tiver uma boa noção da história, assista novamente com a legenda em inglês, prestando a atenção nas palavras e em como elas são pronunciadas pelos falantes da língua inglesa. Por fim, quando já estiver bem acostumado com o filme, seriado e/ou desenho, tire toda e qualquer legenda e veja só em inglês. Você vai se surpreender com o tanto que consegue compreender.

- Common European Framework of Reference for Languages (CEFR)

Esse quadro de nome gigantesco significa Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas e é utilizado para verificar o nível em que cada estudante de um idioma estrangeiro está. Caso você queira fazer um teste para avaliar em qual fase você está e verificar o quais as competências alguém precisa ter em cada um deles, clique aqui. Deixamos também a tabela abaixo em inglês:



Tabela retirada do site da Cambridge 

- Sotaque

É o menos importante de tudo!!! Acreditem: sotaque não importa, o que vale mesmo é a pronúncia, ou seja, se você sabe falar as palavras de forma correta. Agora, se teu sonho é ter um sotaque como o dos canadenses, americanos, britânicos, australianos ou de qualquer outro povo que fala inglês, então vá em frente! Mas saiba que ser proficiente na língua não envolve ter o sotaque perfeito, até porque você não é nativo, então não precisa se preocupar com isso. Lembre-se de que a comunicação que é importante.

- Estudando gramática

Começamos a estudar gramática na universidade. Íamos às aulas, ouvíamos nossos professores, anotávamos dicas e depois fazíamos uma bateria de exercícios. Nossa gramática era a “Understanding and Using English Grammar – 4th edition”, das autoras Betty Azar e Stacy A. Hagen. O livro era todo em inglês, o que nos ajudava. Sim, ajudava, pois nada melhor do que estudar a língua-alvo nela mesma. Outro livro que acabamos adquirindo já no nível intermediário foi o “English Grammar in Use”, de Raymond Murphy.

Estudar gramática não é a coisa mais prazerosa do mundo para a maior parte das pessoas, então o que recomendamos é que você leia o conteúdo (por exemplo o que é o Simple Present) e depois faça uma lista de exercícios que dure uns 20 minutos no máximo. Se fizer isso todos os dias, aos poucos as coisas vão clarear e você não vai sentir que só estuda regras gramaticais. Conosco foi assim? Na verdade, não. Estudávamos gramática de 5 a 6 horas de segunda a sexta, mas isso porque precisávamos aprender todos os tempos verbais em seis meses. Contigo é diferente, mas não relaxe!, porque aprender as regras de como a língua se estrutura é importante. Dois sites que recomendamos para quem deseja fazer exercícios e jogar online são: Englisch-Hilfen e British Council

Bem, nossas dicas terminam por aqui. Esperamos que elas possam ajudar muitas pessoas. Tentamos dar exemplos específicos de como aprender inglês sozinhos (ou com a ajuda de professores para quem pode pagar por um curso).

Bons estudos!


Um comentário:

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