Olá, pessoal! Hoje iremos falar de um assunto que encontramos em todos os lugares: a propaganda. Já pararam para perceber como somos expostos a ela o tempo todo? Pois bem, veremos como que os publicitários criam anúncios para chamar as nossas atenção.
"Para vender, a publicidade precisa convencer, ou seja, envolver, sensibilizar e até seduzir o consumidor a fim de levá-lo à compra. Por ser uma mensagem dirigida para grupos específicos - público-alvo, para os profissionais de comunicação -, dos quais estudamos o comportamento, as expectativas, as necessidades e tendências, é possível construir mensagens adequadas à visão de mundo do público-alvo e, por consequência, bastante persuasivas". (HOFF; GABRIELLI, 2004, p. 02)
Persuadir X Convencer
Persuadir X Convencer
Mas qual a diferença entre persuadir alguém a fazer algo e convencer a mesma pessoa de alguma coisa?
"A publicidade raramente convence alguém de algo. Ela persuade alguém a algo. Existe uma grande diferença entre persuadir e convencer. Para convencer, é necessário mudar uma opinião, vencer os conceitos existentes na mente do consumidor, o que, em geral, é difícil e, não raro, muito demorado; já persuadir tem mais a ver com concordar com algo que o consumidor já pensa e, por meio dessa concordância, trazê-lo para o produto que se quer anunciar". (FIGUEIREDO, 2011, p. 53)
Mas como se constrói o processo persuasivo?
"Processos publicitários eficientes frequentemente levam mais em conta as crenças do consumidor do que as características do produto". (FIGUEIREDO, 2011, p. 54) Em outras palavras, os publicitários focam no que a pessoa que irá comprar o produto quer.
Na Grécia Antiga, há mais de 2.300 anos, no capítulo XIII do livro II da Arte retórica, Aristóteles afirmou que para ser coerente o discurso deve ter quatro etapas básicas. Originalmente, Aristóteles apontava essas fases nas apresentações orais, porém é possível verificar claramente que elas também estão presentes no texto publicitário.
EXÓRDIO
O que é? Título e imagem
Função: Chamar a atenção do observador.
NARRAÇÃO
"A publicidade raramente convence alguém de algo. Ela persuade alguém a algo. Existe uma grande diferença entre persuadir e convencer. Para convencer, é necessário mudar uma opinião, vencer os conceitos existentes na mente do consumidor, o que, em geral, é difícil e, não raro, muito demorado; já persuadir tem mais a ver com concordar com algo que o consumidor já pensa e, por meio dessa concordância, trazê-lo para o produto que se quer anunciar". (FIGUEIREDO, 2011, p. 53)
Mas como se constrói o processo persuasivo?
"Processos publicitários eficientes frequentemente levam mais em conta as crenças do consumidor do que as características do produto". (FIGUEIREDO, 2011, p. 54) Em outras palavras, os publicitários focam no que a pessoa que irá comprar o produto quer.
Na Grécia Antiga, há mais de 2.300 anos, no capítulo XIII do livro II da Arte retórica, Aristóteles afirmou que para ser coerente o discurso deve ter quatro etapas básicas. Originalmente, Aristóteles apontava essas fases nas apresentações orais, porém é possível verificar claramente que elas também estão presentes no texto publicitário.
EXÓRDIO
O que é? Título e imagem
Função: Chamar a atenção do observador.
NARRAÇÃO
O que é? Imagem e início do texto
Função: Envolver o observador na situação proposta.
PROVAS
O que é? Miolo do texto
Função: Justificar racionalmente as vantagens do produto anunciado.
PERORAÇÃO
O que é? Fim do texto, assinatura de campanha, logomarca, slogan
Função: Concluir o raciocínio, incentivar a ação, lembrar a marca anunciante.
Observemos em uma propraganda do Banco Itaú esses quatro traços da propraganda:
Engarrafados, o Itaú foi feito para você que vive numa cidade como esta, onde as pessoas conseguem ler um outdoor com 84 palavras, enquanto estão paradas no trânsito. Quem perde um tempão no trânsito, precisa ganhar tempo no banco. Por isso, o Itaú tem mais de 17 mil caixas eletrônicos, Itaú Bankfone, Itaú Bankline e mais de 2 mil agências em todo o Brasil. Com o Itaú, seu carro pode ficar paradão, mas sua vida anda que é uma beleza.
a) O exórdio aparece no termo “Engarrafados”.
O tipo de escrita maior e em amarelo, chama a atenção dos passantes, ou melhor, dos parados no trânsito.
b) A narração está presente na apresentação da situação.
Nada foi dito sobre o banco objetivamente.A função dessa parte é envolver o leitor, mostrando uma situação semelhante àquela que ele se encontra, ou seja, parado no trânsito, sem ter o que fazer a não ser ler o outdoor. A narração segue, direcionando o assunto para as características do banco anunciante.
c) Detectado o problema, o próximo passo é apresentar a solução. Entram as provas.
Antes de serem listadas as vantagens do anunciante, é criada uma situação imaginária à que o consumidor experimenta naquele momento e que poderia ser solucionada pelos serviços que o banco oferece. Cria-se uma ligação entre a situação do consumidor e as vantagens do banco.
d) Para concluir a mensagem, surge a peroração.
Ela completa a peça publicitária, mostrando o serviço anunciado como solucionador da situação proposta e reforça a marca do anunciante.
Função: Envolver o observador na situação proposta.
PROVAS
O que é? Miolo do texto
Função: Justificar racionalmente as vantagens do produto anunciado.
PERORAÇÃO
O que é? Fim do texto, assinatura de campanha, logomarca, slogan
Função: Concluir o raciocínio, incentivar a ação, lembrar a marca anunciante.
Observemos em uma propraganda do Banco Itaú esses quatro traços da propraganda:
Engarrafados, o Itaú foi feito para você que vive numa cidade como esta, onde as pessoas conseguem ler um outdoor com 84 palavras, enquanto estão paradas no trânsito. Quem perde um tempão no trânsito, precisa ganhar tempo no banco. Por isso, o Itaú tem mais de 17 mil caixas eletrônicos, Itaú Bankfone, Itaú Bankline e mais de 2 mil agências em todo o Brasil. Com o Itaú, seu carro pode ficar paradão, mas sua vida anda que é uma beleza.
a) O exórdio aparece no termo “Engarrafados”.
O tipo de escrita maior e em amarelo, chama a atenção dos passantes, ou melhor, dos parados no trânsito.
b) A narração está presente na apresentação da situação.
Nada foi dito sobre o banco objetivamente.A função dessa parte é envolver o leitor, mostrando uma situação semelhante àquela que ele se encontra, ou seja, parado no trânsito, sem ter o que fazer a não ser ler o outdoor. A narração segue, direcionando o assunto para as características do banco anunciante.
c) Detectado o problema, o próximo passo é apresentar a solução. Entram as provas.
Antes de serem listadas as vantagens do anunciante, é criada uma situação imaginária à que o consumidor experimenta naquele momento e que poderia ser solucionada pelos serviços que o banco oferece. Cria-se uma ligação entre a situação do consumidor e as vantagens do banco.
d) Para concluir a mensagem, surge a peroração.
Ela completa a peça publicitária, mostrando o serviço anunciado como solucionador da situação proposta e reforça a marca do anunciante.
Pronto! Essa foi uma breve explicação de como o anúncio publicitário funciona. Agora você pode analisar outras propagandas que encontrar no seu cotidiano. Até a próxima.
Referências Bibliográficas
ARISTÓTELES. Arte retórica. Rio de Janeiro: Ediouro.
FIGUEIREDO, Celso. Redação Publicitária - sedução pela palavra. São Paulo: Thomson, 2011.
GABRIELLI, Lourdes; HOFF, Tânia. Redação Publicitária. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
*Agradecimentos: Professora Valéria Martins.
ARISTÓTELES. Arte retórica. Rio de Janeiro: Ediouro.
FIGUEIREDO, Celso. Redação Publicitária - sedução pela palavra. São Paulo: Thomson, 2011.
GABRIELLI, Lourdes; HOFF, Tânia. Redação Publicitária. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
*Agradecimentos: Professora Valéria Martins.
Conteúdo excelente!
ResponderExcluir